sexta-feira, 30 de março de 2012

você conduz ou é conduzido

"Ser Conduzido"

A Bíblia nos conta que no fim da tarde Deus convidava Adão para caminhar pelo jardim do Éden. Imagine a cena, Adão ao lado do Senhor Deus em uma caminhada contemplando as árvores, os animais e tudo o que compunha aquele lugar especial. O tempo passa, Adão não quer mais ser conduzido por Deus. Como homem que tem sonhos, desejos e ambições grandiosos, ele quer andar sozinho, sem mentoria, sem orientador, enfim, ele quer sua autonomia.

Somos assim em nossas vidas. Lutamos para conquistar nossa autonomia. Quando somos crianças e aprendemos a andar, um dos primeiros gestos que fazemos é soltar a mão de quem nos conduz. Preferimos nos apoiar nas mesas, nas cadeiras em qualquer objeto que substitua a mão amiga que antes nos amparava. Assim seguimos, derrubando coisas, quebrando utensílios do lar, machucando o frágil corpinho de criança, mas também conquistando passo a passo nossa autonomia. Quando chega o tempo da adolescência e da mocidade, ansiamos ardentemente a idade adulta, a carteira de motorista, o passaporte, enfim a vontade de voar para mais longe e mais alto. A vida adulta possibilita as conquistas financeiras, o mercado de trabalho é desafio e oportunidade.

Com o tempo e os desafios aprendemos que objetos e a idade não nos isentam da necessidade de amparo, carinho, da mão estendida, do abraço amigo, do amor que aquece os corações. Então descobrimos que faz muita falta a condução daquele que sempre esteve ao nosso lado. Este sentimento pode ser sentido como um grito que ecoa no Canyon de nossa humanidade. Se ampliássemos os sons do mundo ouviríamos em uníssono um grito: “alguém me ajude!”

O distanciamento do ser humano, criatura, do seu criador, Deus, redundou em um sentimento de ausência muito grande. O melhor caminho que podemos fazer em nossas vidas é o caminho de volta a caminhada com Deus. É um caminho onde estendemos nossas mãos em direção a Deus e percebemos que Ele já havia estendido a Sua primeiro. Nossos olhos podem contemplar o Deus vivo e verdadeiro com os braços abertos dizendo: “venha aqui que eu te ajudo!”

Não foi por acaso que Cristo morreu na cruz com os braços abertos em um gesto de total abertura ao nosso abraço submisso e amoroso de filhos que voltam para a casa do Pai.



Que Deus nos abençoe!
Autor: Rev Leonardo Sahium

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