quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Embora seja a menor dentre todas as sementes, quando cresce torna-se a maior das hortaliças e se transforma numa árvore, de modo que as aves do céu vêm fazer os seus ninhos em seus ramos”. Mateus 13:32

Jesus ensinava muito por parábolas. Usando para a criação de Deus e para as cenas do dia-a-dia, ele falava com simplicidade sobre a profundidade do reino de Deus. Qualquer pessoa poderia se identificar com o que estava sendo dito pelo Mestre já que tudo tinha a ver com a realidade deles.
Mas apesar do quadro comum a verdadeira mensagem que Jesus queria passar só era compreendida de fato por aqueles a quem Ele mesmo já havia aberto os olhos. Esses ouviam e entendiam. Os outros ouviam, mas não entendiam o que realmente Jesus queria dizer. Ele nos explica: Por essa razão eu lhes falo por parábolas: ‘Porque vendo, eles não vêem e, ouvindo, não ouvem nem entendem’. Mateus 13:13
A parábola acima é a do Grão de Mostarda. Nela Jesus fala sobre o poder dos pequenos inícios. Se não soubéssemos, dificilmente daríamos crédito a uma minúscula semente, achando que dali sairia algo grande, frutífero e acolhedor. Visuais que somos, nossa aposta é que algo grande, parte também de algo grande, o que cá entre nós, contraria nossa própria existência. Um dia todos fomos bebês, até mesmo Jesus.
Quando evangelho chega, nem sempre o impacto é tão visível e estrondoso quanto queríamos. Empolgados pelo nosso ímpeto em evangelizar, anunciar a Palavra da transformação, as vezes vemos apenas pequenos resultados….ou nenhum resultado.
Nessa hora, é tempo de crer nessa parábola que Jesus nos ensinou. Pequenos começos podem terminar em grandes coisas. Nossa atitude, pequenina como uma semente, pode gerar frutos e troncos preciosos pra glória do nosso Criador.
Importante também enfatizar que a ênfase de Jesus não está no esforço humano. Quem dá o crescimento é Deus (I Coríntios 3.6-7). É ele quem realiza a “mágica” de fazer com que o desprezível se torne espetacular. Da nossa parte, cabe a fé que enxerga que o invisível está sendo feito por Deus.
Semeie sempre e espere. Não adianta apressar um Deus que tem um tempo certo para todas as coisas. Mas nunca faça o que precisa ser feito sem a exata confiança de que pelo poder Deus, um pequeno grão se transforma na maior das árvores.
Que Deus te abençoe
Rev.Felipe Telles Ferreira
'Antes que elas cresçam'



Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos.

É que as crianças crescem. Independentes de nós, como árvores, tagarelas e pássaros estabanados, elas crescem ...
sem pedir licença. Crescem como a inflação, independente do governo e da vontade popular. Entre os estupros dos preços, os disparos dos discursos e o assalto das estações, elas crescem com uma estridência alegre e, às vezes, com alardeada arrogância.

Mas não crescem todos os dias, de igual maneira; crescem, de repente.

Um dia se assentam perto de você no terraço e dizem uma frase de tal maturidade que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.

Onde e como andou crescendo aquela danadinha que você não percebeu? Cadê aquele cheirinho de leite sobre a pele? Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços, amiguinhos e o primeiro uniforme do maternal?

Ela está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil. E você está agora ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça. Ali estão muitos pais, ao volante, esperando que saiam esfuziantes sobre patins, cabelos soltos sobre as ancas. Essas são as nossas filhas, em pleno cio, lindas potrancas.

Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão elas, com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda nos ombros ou, então com a suéter amarrada na cintura. Está quente, a gente diz que vão estragar a suéter, mas não tem jeito, é o emblema da geração.

Pois ali estamos, depois do primeiro e do segundo casamento, com essa barba de jovem executivo ou intelectual em ascensão, as mães, às vezes, já com a primeira plástica e o casamento recomposto. Essas são as filhas que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias e da ditadura das horas. E elas crescem meio amestradas, vendo como redigimos nossas teses e nos doutoramos nos nossos erros.

Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos.

Longe já vai o momento em que o primeiro mênstruo foi recebido como um impacto de rosas vermelhas. Não mais as colheremos nas portas das discotecas e festas, quando surgiam entre gírias e canções. Passou o tempo do balé, da cultura francesa e inglesa. Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas. Só nos resta dizer “bonne route, bonne route”, como naquela canção francesa narrando a emoção do pai quando a filha oferece o primeiro jantar no apartamento dela.

Deveríamos ter ido mais vezes à cama delas ao anoitecer para ouvir sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de colagens, posteres e agendas coloridas de pilô. Não, não as levamos suficientemente ao maldito “drive-in”, ao Tablado para ver “Pluft”, não lhes demos suficientes hambúrgueres e cocas, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas merecidas.

Elas cresceram sem que esgotássemos nelas todo o nosso afeto.

No princípio subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, comidas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscinas e amiguinhas. Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de sorvetes e sanduíches infantis. Depois chegou a idade em que subir para a casa de campo com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma aqui na praia e os primeiros namorados. Esse exílio dos pais, esse divórcio dos filhos, vai durar sete anos bíblicos. Agora é hora de os pais na montanha terem a solidão que queriam, mas, de repente, exalarem contagiosa saudade daquelas pestes.

O jeito é esperar. Qualquer hora podem nos dar netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco. Por isso, os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável afeição. Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afeto.

Por isso, é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que elas cresçam.
 
Affonso Sant'Anna

sábado, 15 de setembro de 2012

Dia de festa !!



Uma das maiores alegrias do convívio familiar é com certeza o congraçamento e a cumplicidade entres os membros desta família . Nós somos mesmo abençoados pois em um tempo de tantos desencontros e tantas famílias desfeitas e partidas, aqui estamos nós felizes, gratos em poder comemorar com alegria o natalício da nossa querida Mãezinha, um dom , um presente de Deus nas nossas vidas. Nossos corações se enchem de júbilo e gratidão a Deus por tudo que ele tem feito na vida desta serva querida que tem sido luz e sal da terra para todos aqueles que dela precisam .